quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Salve-se quem puder 1



A Conferência de Copenhague está indo... Para algum lugar, mas está indo. Apesar de prognósticos mais desastrosos que o filme "2012" (entenda como quiser) e do super-herói midiático Barack Obama, a reunião dos países ricos e influentes (Brasil como emergente, também conhecido como "quase-quase") parece que terá o mesmo melancólico final que o encontro em Kyoto. Considerando o fator de um aumento muito próvavel de 2o. C na temperatura para as próximas décadas, era esperado um atitude um pouco mais pró-ativa e menos especulativa. Para quem mora no Rio de Janeiro, então, resta uma revolta digna da torcida alvi-verde. Então, já que, aparentemente, o Protocolo de Kyoto não sofrerá alterações suficientes para adiarmos o desastre por mais alguns aninhos, alguém precisa tomar uma atitude. Alguém como um jornalista freelancer de 26 anos, que ainda mora com os pais e tem problemas de coluna. Alguém como... EU!


Então, aqui, lhes ofereço, minhas sugestões para enfrentar o aquecimento global de cabeça erguida (para o suor não cair nos seus olhos):

- A Floresta Amazônica e outras matas sofrem há anos com o desmatamento. Um dos principais motivos seria para a plantação de pasto para o gado. Então, quando vamos comer uma bela picanha, estamos, indiretamente, comendo nossa biodiversidade e esperança de que o sol não nos derreta de uma vez por todas! Como poderemos passar vergonha na churrascaria como toda essa culpa? Além do mais, os gases que as vacas soltam, tanto pela boca quanto pelo... bem, você sabe, são elementos que contribuem no acumulo na atmosfera. (acho que se chama gás butano...) O que fazer? Simples! É só seguir três etapas:


Primeiro: eliminação de gases.

Coloque uma rola bem no... você-sabe-o-que da vaca e do boi. Isso deve garantir uns 50% a menos de carbono na nossa sobrecarregada atmosfera. Mas eles ainda vão ficar com a boca aberta... Máscaras! Coloque uma máscara de oxigênio em cada animal (uma máscara como aquela de pilotos de aviões de guerra nos anos 40) e pronto.


Segundo: nossa fauna e flora. Sem flora, não há fauna. E sem fauna, não há animais que podemos matar para comer. No entanto, o gado precisa de pasto, que precisa de terreno onde a flora convenientemente se encontra, para crescer. A solução está nos filmes. Se lembra de "Matrix", quando as máquinas cultivavam humanos para sugar a energia de seus corpos? Isso mesmo. No lugar de queimadas que levam tempo (afinal, o suborno para os funcionários de fronteira de certos governamentais não são feitos da noite para o dia. Isso é a queima de arquivos!),


vamos colocar o gado do mundo inteiro em coma,

alimentá-los através de máquinas (mas vamos evitar o método foie gras, que é crueldade até para mim) e, assim, comermos um belo churrasco sem risco de aumentar a pegada ambiental. E o melhor de tudo é que a carne virá tenra, pois vaca em coma, que eu saiba, não desenvolve músculo!

- Infelizmente, os fenômenos climáticos repercutirão de maneira brutal na vida de algumas pessoas. Fala-se desde fluxões migratórios como, por exemplo, em algumas regiões da África. Também há a possibilidade de o aumento no volume de água no mar, devido ao derretimento da calotas, provocar inundações e ameaçar cidades costeiras (seria uma boa desculpa para finalmente me mudar para São Paulo...). Verdade ou ficção? O tempo dirá. Mas isso não é justificativa para não fazer nada. Logo, como resolvermos dois grandes problemas numa só cajadada? Simples:

Uma enorme redoma de vidro envolvendo as metrópoles!


África Central... Eu lá quero saber de África?!? Eles e outros desfavorecidos no hierarquia global que se lixem! Com as redomas, auxiliadas por um sistema de ventilação, as grandes cidades que tiveram a infelicidade de serem portuárias poderão resistir ao avanço de pragas pré-programadas: os mares e os migrantes! Quem sabe eles até não criem uma comunidade aquática, como em "Waterworld"? Afinal, a limitação de recursos geralmente traz à tona a criatividade do homem.

- O Japão e os EUA são considerados os maiores consumidores do planeta. Também são os grandes desperdiçadores. A quantidade de produtos descartados pelo simples fato de terem 5 anos de uso (uma idade ainda mais cruel do que a canina) é surpreendente e não ajuda o planeta a dar conta corretamente do processo de decomposição. Por outro lado, Japão e EUA são as economias que desfilam no abre-alas. São países ricos, admirados e em que todos vivem em lugares melhores que o meu mesmo sem grana. Na quarta temporada de "Desesperate Housewives", um cego e uma dondoca inútil viviam numa casa de dois andares confortavelmente.... Bom, podemos criticá-los, mas, para estarem indo tão bem na fita, talvez eles estejam fazendo algo certo. Então, vamos seguir seu exemplo!


Vamos jogar esta porcaria de planeta no lixo!


Já está velho... Já tem bilhões de anos de uso, o que deve equivaler a um celular de 7 anos! Além do mais, encontraram água em Marte. Vamos enviar engenheiros da Coca-Cola, colocar todos em naves e é isso! Foda-se a Terra! Que nem em "Wall-e"!


O cinema não é apenas a maior diversão, mas a verdadeira solução! - Roland Emmerich

Joe Strummer estava certo!
Now get this! London's calling...
Quer saber de onde o autor tira inspiração para estas sábias observações? Leia aqui

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