sábado, 2 de janeiro de 2010

Diálogo sem vontade, mas alguma representação

Homem e um funcionário de bombonière no caixa. O caixa, aparentemente, aproveitou demais a passagem de ano.

HOMEM
Me vê uma água com gás, por favor?

FUNCIONÁRIO
A água sem gás não tá gelada e a com gás também...

HOMEM
Então, você tá dizendo que não tem nenhuma água gelada. É isso?

FUNCIONÁRIO
Dá para colocar gelo num copo...

HOMEM
Ah... não, obrigado.

Homem sai. Posteriormente, ele atribuiria sua postura impaciente a aborrecimentos pessoais e à leitura inicial de "O mundo como vontade e como representação". Acho que Schopenhauer poderia analisar esta situação como a indefinição do sujeito perante a um objeto ao qual este não dá a mínima. Ou o Homem poderia ter oferecido uma aspirina ao Funcionário. Se houver um Deus, só ele saberá...

2 comentários:

  1. O Mundo como Vontade E REpresentação. Não, acho que não. Foi Mal Estar na Civilização mesmo.

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  2. Bom, a Zona Sul, como a comunidade judaica em que Tio F. cresceu, é um lugar com suas próprias neuroses.

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